22 junho 2013
Você é mais um dos nossos brasileiros.
Arrepio. Foi o que eu senti ao ver as fotos dos manifestos pelo país. Começando por uma placa onde se lia “Verás que um filho teu não foge à luta” de um manifestante mascarado em SP. Eu me arrepiei. Sentado em frente ao computador, lendo por dias sobre as reais causas da descontentação nacional – que não se mostrava em um movimento popular há anos. Depois disso, vi vídeos dignos de filmes de Guerra. Combates, corrida, desespero, destruição. Tudo isso pra me lembrar que há caos antes de toda grande mudança. É o sinal de que as coisas estão saindo do lugar comum que a gente tá acostumado a conhecer.Repressão policial, comandanda por quem sente o medo que esse caos pode trazer. O brasileiro, ainda que não esteja em sua maioria nas ruas, começa a pensar de forma diferente. O ciberativismo nunca antes foi tão útil nesse país. No Facebook, uma dualidade que assusta: saímos do Facebook para as ruas e nele trazemos o que aprendemos nas ruas e o que estamos vendo nelas. Discutimos sobre política, educação, aplicação de verba pública, abusos polícias e significados de poder. E começamos a perceber que quem governa esse país só tem poder porque controla o povo de certa forma. Povo, esse palavra que tomou um significado completamente diferente pra mim na última semana. Povo esse que eu nunca imaginei ver indo às ruas e bradando o Hino Nacional como forma de protesto e não como obrigação escolar de toda segunda-feira do mês – pelo menos no meu colégio era assim. E daí invadem o Congresso Nacional num ato pacífico de Brasília.Ainda que seja cedo demais pra inferir algo, eu posso dizer que o brasileiro está aprendendo a ter uma nova concepção do que é ser brasileiro. Pelo menos eu estou. Pela primeira vez nos meus 21 anos de idade, vejo o brasileiro indo às ruas por uma razão comum que não tem a ver com Copa do Mundo, fim de Avenida Brasil ou o campeonato do Big Brother Brasil. Vejo essa gente toda que deveria chorar com os efeitos do gás lacrimogênio estampando sorrisos e cartazes dos mais variados no meio de uma onda pacífica. Sem fechar os olhos, é claro, pra um percentual minusculo e mal intencionado que acaba ferindo os pedidos de “não-violência” para deslegitimar o movimento. As balas de borracha marcam, mas esses dias vão marcar mais ainda nos livros de História do futuro.
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Sabe o que me arrepiou? Esse texto.
ResponderExcluirMuito bem escrito...
É bom saber que nossa geração não é só Facebook, é luta também!
Bejos
midnight-sunny.blogspot.com.br
Que orgulho!!!! Muitos blog postando sobre isso, pessoas de vários países nos apoiando, agora o Brasil vai!!!!!!!!
ResponderExcluirbeijos e que Deus te abençõe ♥ Blog Like a Rock, Like a Roll | Fan page|Pesquisa
Finalmente, né??? Ameei o post!
ResponderExcluirEu participei do manifestação da minha cidade! Vale a pena mesmo.
Tomara que algo mude, né?
Amei!!
Batom de Framboesa